Você é impulsionado a realizar algo ou se esforça muito para parecer ocupado diante de todos que estão a sua volta?
Talvez essa pergunta tenha criado um sinal para seus olhos, diante de tantas coisas que você leu ou apenas “assistiu” na nova TV chamada instagram.
Se sim, vem comigo para refletirmos sobre seu conteúdo.
O conceito de ser produtivo X estar ocupado já foi amplamente debatido no desenvolvimento de líderes. Muitos autores levantaram a diferença que existe entre esses dois status. A principal fuga aqui talvez esteja atrelada a percepção que eu quero que o outro tenha do meu trabalho e como eu vendo a minha rotina. Se estou ocupado, sou requisitado; Se sou requisitado, sou importante; Se sou importante, é isso que importa.
Por trás dessa cascata vemos vícios comuns de líderes: o medo de enfrentar conversas difíceis e com isso parecer estar sempre ocupado demais para ouvir, para perguntar, para perceber, para observar; o orgulho de ser o dono de toda e qualquer decisão, não permitindo autonomia e evolução dos processos decisórios da minha empresa sem a minha presença; a busca – aqui não só de líderes, mas de todos nós, de nos sentirmos importantes e a linha tênue que divide o pertencer do prevalecer. Quando eu pertenço, trago equilíbrio ao sistema; quando quero prevalecer, trago desarmonia.
Todos esses desafios, guiados pela tentação de ser multitarefa, nos afastam do impulso para realizar algo.
Realizar ou corporificar – como gosto de chamar – é canalizar toda sua força do Querer naquilo que foi planejado por racionalidade e/ou instinto e demanda um Ser que não esteve a todo tempo ocupado. Para o líder que realiza além da superfície, é necessário aprender a desocupar mente, coração e mãos para renascer os motivos da sua verdadeira produtividade. Esse é um caminho do desenvolvimento do Ser que é a fonte do nosso amadurecimento como líderes.
"A man is not idle because he is absorbed in thought. There is a visible labor and there is an invisible labor." Victor Hugo
Tradução: Um homem não está ocioso porque está absorvido no pensamento. Há um trabalho visível e um trabalho invisível. Victor Hugo
Luiza Utzig Modesti é gestora empresarial, fundadora e facilitadora da Três desenvolvimento humano.
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