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Foto do escritorLuciano Giannini

Mude os outros mudando a si próprio



Qual a razão de mudarmos algo? Quando é o momento certo para mudar algo? Qual é este algo a mudar? Todas estas perguntas fazem parte da mente de muitos profissionais durante o seu dia a dia. Insatisfação, falta de foco, falta de energia e desmotivação são males que afligem profissionais de todas as áreas, hierarquias e posições. A quem diga que a mudança deve ser iniciada quando existe uma nova oportunidade, melhor do que a que se tem às mãos. Entretanto, nem sempre as oportunidades nos sãos apresentadas, nós é que temos que busca-las.


Num primeiro momento concentramos nossas necessidades na questão financeira. Acreditamos que a mudança está diretamente ligada a estar numa posição financeira melhor. É evidente que se existe uma mudança nos seus ganhos financeiros, haverá, certamente, uma mudança em sua vida. Mas a questão é: Seria esta mudança para melhor? Luiz Gaziri, em seu livro a ciência da felicidade aborda o tema mostrando uma pesquisa onde 3 grupos de trabalhadores receberam uma mesma tarefa. O primeiro grupo receberia para fazer a tal tarefa receberia 1 dia e meio de salário, já o segundo grupo receberia 2 semanas de salário enquanto o terceiro grupo receberia 5 meses de salário. Ao contrário do que a grande maioria das pessoas poderia pensar, os grupos 1 e 2 é que tiveram melhores performances, pois o grupo 3 está super estimulado fazendo com que perdessem o foco nas atividades. A consequência disso seria insatisfação frustração, cobranças e infelicidade no trabalho.


Talvez outro motivo para mudança seria o de encontrar um ambiente de trabalho melhor, mais saudável, com menos pressão ou ainda que não houvessem “pessoas tóxicas” em nosso redor. Mas por mais que busquemos a empresa dos sonhos sabemos, lá no fundo, que elas não existem. O motivo para não existência desta “empresa de contos de fadas” é que a maior parte de nossos problemas estão em nós mesmos. Nós criamos expectativas, costumamos atribuir nossos insucessos a outras pessoas e não temos o olhar para dentro, para nós mesmos.

Julian Rotter, realizou um estudo falando sobre o Lócus de Controle. Para o pesquisador, cerca de 92% da população tem o que se chama Lócus de controle externo, ou seja, atribui tudo o que acontece em sua vida, seja bom ou ruim (na maior parte das vezes as coisas ruins) a outra pessoa, ao chefe, a empresa, etc. Os 8% restantes tem o Lócus de controle interno, ou seja, eles acreditam ser parte do problema (se não o problema como um todo) e, por consequência, são também parte da solução. Coincidência ou não, estes 8% são considerados as pessoas mais bem-sucedidas do mundo.


Com tudo isso, podemos refletir que o principal processo de mudança é aquele que envolve nós mesmos. A razão de mudar é buscar algo melhor para nós, não para os outros. Encontrar seu propósito, seu bem-estar começa com mudanças simples no seu dia a dia. Como quero mudar de emprego, para algo melhor se não invisto em mim mesmo? Qual foi a última vez que você comprou (e leu) um livro? Quando foi a última vez que você participou de um curso, palestra ou algo parecido? Como você quer ter mais disposição para o trabalho se continua se alimentando mal, levando uma vida sedentária dentro outros exageros? Como você espera ser tratado de forma diferente se continua tratando os outros mal. Percebe? Quando iniciarmos as mudanças simples em nossas vidas as grandes não mais nos assustarão. Não importa dinheiro, não importam as pessoas ao redor, se você não estiver bem consigo próprio.


“Não há progresso sem mudanças e quem não consegue mudar a si mesmo acaba não mudando coisa alguma” (George Bernard)


Luciano Giannini é professor, psicopedagogo, mestre em comunicação e faixa preta 4º grau na arte do Aikido e fundador da Metodologia Budo Experience. Trabalha com desenvolvimento de pessoas desde 2001 seja no âmbito educacional ou corporativo.

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